Hoje vou escrever sobre algo ligeiramente diferente mas que me tem ocupado os neurónios esta última semana.
Vou-vos abrir um pouco da minha vida.
Ora, o fim-de-semana passado um amigo meu fez anos. Só quando cheguei à festa, (coisa típica de gajo) é que vi que ele tinha feito 40 anos! Já o conheço há imenso tempo, mas nunca o rotulei pela idade.
Como é que é possível? - pensei eu - 40 anos já não é nada novo... e é meu amigo? Tenho amigos de 40 anos?!
Passado uns segundos percebi o busílis da questão: eu também já não sou assim tão novo... afinal já tenho 30 anos!
De repente, os 30 anos cairam em mim que nem uma bomba.
Comecei a pôr em causa o meu modo de vida. É verdade que me dá gozo ter festas todos os fins-de-semana. É verdade que adoro as relações kleenex (usar e deitar fora), gosto de encontrar uma miúda na disco e conseguir dar uma queca com ela nessa mesma noite. Ou conseguir seduzir a empregada do café junto ao escritório e passar um fim-de-semana numa maratona sexual em qualquer motel em Matosinhos (sim, já aconteceu). Posso até dizer que gostei de ter sido usado por duas ex-colegas de trabalho uma para se vingar do marido e a outra do namorado.
Mas a verdade é que o meu relógio biológico também começa a tocar (pelos vistos nós também temos disso). Não quero chegar aos 40 solteiro e sem ter filhos.
Gosto da vida que levo, mas é de tal forma viciante que não sei se conseguiria aguentar o resto da vida com uma única parceira. Não tenho medo do compromisso. Já tive algumas relações mais longas (já tive uma de 3 anos), mas logo que a paixão e a tesão inicial desaparecem, basta aparecer-me um rabo-de-saias novo para imediatamente perder o interesse.
FODA-SE!
Na verdade não acredito no amor. Acredito que somos todos movidos por impulsos sexuais que mais cedo ou mais tarde se transformam numa relação de companheirismo e dependência do parceiro.
Peguem em dois indivíduos e façam-nos coabitar durante 30 anos. Passados os momentos iniciais de conflito e stress, no final já não conseguem viver um sem o outro.
Não dava, tipo, para criar um novo modelo familiar? Tipo alguns hippies nos anos 60. As crianças são da comunidade. As relações de fidelidade são com a comunidade e não com um parceiro certo (pelo menos a nível sexual) acho que me dava bem numa cena dessas...
Bom! Vou-me ficar por aqui, porque a demência (ai! a idade!) leva-me a divagar para ideias ainda mais estranhas.
Bom fim-de-semana a todos.
4 comentários:
Parece-me que tens aí um grande dilema...
Eu não digo que a coisa não fosse mais interessante, pelo menos no campo sexual, caso adoptassemos o teu novo modelo familiar mas não te podes esquecer que no tempo deles (dos happy hippies) o pessoal passava a vida a fazer fogueirinhas nas mãos e a avistar o arco-íris em tudo quanto era esquina o que, convenhamos, facilitava muito a rebaldaria e a promiscuidade sem que a consciência lhes batesse à porta...
Gosto quando abres um pouco da tua vida, baixar a guarda nem sempre é negativo;)
Bem... pelo post és do género "macho latino", sendo eu mulher podia passar já para a parte de criticar mas não... "Comes" muitas mulheres? "come" então... engatas muito? Força... se ha quem te cai nas redes optimo para ti ;) Mas cuidado.... agora tas nos 30 altura para pensar em constituir familia ou não faz parte dos planos? Quando xegares aos 40... a mulher depois desconfia porque é que nunca constituis-te familia :)
Mary
Mary,
Não gosto de me considerar macho latino nem exageradamente promíscuo, simplesmente qdo as oportunidades aparecem não tenho nada que me impeça de avançar. E como (pelo menos até agora) continuo a gostar de mulheres, aproveito :)
Qto a constituir família, claro que me passa frequentemente pela cabeça, mas depois sento-me um bocadinho e espero que passe :P
Lady_m
Arcos iris e fogueirinhas nas mãos até que sabiam bem de vez em qdo, não?
;)
Mas onde é que está escrito que existe uma idade para se começar a pensar em constituir família?
Tens 30 e estás preocupado com isso? Eu tenho 38 e não estou nem aí! Adoro morar sozinha e não ter de me preocupar em fazer o jantarinho para a suposta familia. Adoro sair de casa e não ter de avisar ou dar satisfações a ninguém de onde vou ou quando volto. Adoro planear os meus dias apenas em função dos meus apetites. Adoro chegar ao fim-de-semana e ir curtir para a noite com os amigos e voltar sozinha se me apetecer, ou acompanhada se me apetecer mais ainda.
Relógio biológico? Dizem que existe. Eu nunca lhe ouvi o "tic-tac".
Já tive relacionamentos longos (bem longos, por sinal) e continuarei a te-los sempre que assim acontecer, mas a idade não é, nunca foi e nem nunca será um motivo para eu querer mudar alguma coisa na minha vida.
Se eu já gostava de ser solteira aos 30... aos 40 vou gostar ainda muito mais:-)
(gostei daqui)
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