E não é que me apaixonei ontem?...

... ou terá sido hoje?

Só sei que sonhei com uma miúda linda, perfeita, de corpo perfeito, cabelo perfeito, pele perfeita, de seu nome Virginie. Conhecemo-nos na escola, perguntou-me se sabia onde ficavam os balneários e eu levei-a lá. Acabámos os dois, sozinhos nos balneários escuros, frios e húmidos.

Contrastando com a iluminação fraca das lâmpadas fluorescentes inconstantes e gastas, lá estava ela no meio de nuvens de vapor. O seu corpo desnudado jorrava luz e calor preenchendo o negrume da sala. Juntei-me a ela. Nus, abraçados, senti o seu corpo junto ao meu, o seu calor, o seu toque, um verdadeiro festim para os meus sentidos.

No final tive de fugir. Este era o balneário feminino e o funcionário da escola chamou a polícia para me prender...

Encontrámo-nos mais tarde, no último andar de um hotel de luxo. Num ímpeto de exibicionismo despimo-nos, abrimos as cortinas de par em par e fomos para a varanda.

Mas não era suficiente... a excitação aumenta proporcionalmente ao risco. Saímos do quarto, despidos e de mão dada, descemos pelos corredores até ao lobby de entrada perante o olhar incrédulo de uma multidão saída não-sei-de-onde.

Mais uma vez, a cena acabou com uma rocambolesca fuga aos seguranças do hotel...

Um dia gostava que alguém inventasse uma máquina de gravar sonhos. Este iria definitivamente para a minha colecção.